sábado, 20 de novembro de 2010

só de nome

Preciso da tua atenção, dos teus carinhos, nunca estives-te muito presente, e quando tentas estar mais um pouco não consegues, não me conheces, não me entendes.
Quantas vezes eu olhei para o lado e via os meus amigos a espera dos pais quando saiam da escola ? Quando falavam todos felizes dos passeios que tinham com os pais?
E eu ao inicio dizia "não tenho pai" não te conhecia, sou tua filha por nome e por sangue, porque inteiramente não faço parte da tua vida, não conheço a minha familia, a que conheço foi por mero acaso, tenho uma tia, nem sabia que ela existia.
Não me conheces, não sabes o que eu gosto o que eu quero, como me sinto, tens a tua familia, a tua casa, a tua vida, mas eu não faço parte dela.
Sempre foi assim e sempre vai ser, é triste, mas eu não tenho mais nada pra te dizer.
Posso estar a chorar e a escrever com raiva, mas não minto, agora já sabes como me sinto.
Sinto que não faço muito parte da tua vida, e é verdade, toda a gente me diz isso, e imagina lá como eu me sinto? Não sabes, nunca te aconteceu isto.
Tenho um punhal cravado no meu peito, não posso fazer mais nada, estou mal, estou em baixo, estou mesmo a bater no fundo, mas tu não sabes, não vais saber, não sabes quando estou bem ou mal, não estás presente nos bons e nos maus momentos da minha vida, não estás presente.
Desculpa se as vezes não te respondo, se sou injusta, não tenho respostas para ti, não te consigo dar satisfações da minha vida porque não estás sequer 50 % presente nela, não sabes nada, mas não é por culpa minha não é.
Não sabes a dor que tenho dentro de mim, nem nunca irás saber.

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