De novo, não.

Hoje quando sai à noite à rua, olhei para o céu, não vi a minha estrela, mas desta vez não havia nuvens, baixei a cabeça e comecei a sentir gotas a escorrerem-me pelo rosto a baixo, comecei a ter a respiração ofegante e senti enormes picadas no peito.
Porquê de novo? Que fiz de errado? Não entendo, senti tudo tão perto e não arrisquei, talvez tenha sido melhor, podia-me magoar ainda mais.
Sinto um enorme aperto no peito, só quero ficar no meu canto, e chorar enquanto oiço a tua voz, fecho os olhos e imagino o que nunca vai acontecer, o meu melhor lado que nunca te vou demonstrar, não por eu não querer, agora não sei, a minha cabeça não para, não sei o que fazer, o que dizer, como agir.
Não posso ser algo que não sou, mas não sou forte ao ponto de aguentar os meus sentimentos, enquanto acendo um cigarro no meio da escuridão, só me apetece no meio do meu choro e da minha respiração ofegante gritar a dor que vai dentro de mim, não queria passar por isto de novo, senti tudo tão perto e não consegui agarrar, agora penso, e se eu fizesse de maneira diferente? Algo teria mudado? Não sei porque não tentei.
Eu sou a primeira a dizer que se nunca se tentar nunca se vai saber e que não se perde nada ao tentar, mas porque é que eu nunca consigo seguir os conselhos que dou aos outros? Não entendo, dói-me tanto, não sei mais o que fazer, vou ficar aqui no meu canto, a chorar e a imaginar, enquanto a minha cabeça não quizer parar.
O sorriso está sempre presente, mas as vezes a tristeza e as lágrimas tomam o seu lugar,
Talvez um dia tudo mude, enquanto tudo não mudar, por favor deixem-me em paz a chorar (...)